O vereador Francisco Alves (PT) e seus irmãos Irineu e Zé Preto registraram no início da noite de quarta-feira (6 de outubro) um boletim de ocorrência (BO) na Delegacia de Polícia Civil de Jaraguá do Sul denunciando por crime de racismo o presidente da Fundação Cultural de Jaraguá do Sul, Jorge Luiz de Souza.
O fato lamentável de discriminação racial ocorreu logo após o término da sessão extraordinária da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul para julgamento da prefeita Cecília Konell por denúncias de infração político-administrativa na gestão da Schützenfest de 2009.
Jorge, que chegou a ser apontado pela defesa da própria prefeita feita à Comissão Processante como despreparado e incompetente na liberação do valor de R$ 147 mil para o pagamento da dupla Fernando e Sorocaba, por não ter obedecido às normas estabelecidas pelo estatuto da Fundação Cultural, a qual determina que qualquer pagamento deveria ou deverá ser subscrito pelo presidente ou diretor financeiro; bem como é responsabilizado pelo vereador Amarildo Sarti (PV), no relatório rejeitado pela comissão, que sugere que a prefeita deflagre processo administrativo disciplinar em desfavor do mesmo e observa que ele, pela sua inércia, deve responder pelo repasse do valor sem observância das normas legais, bem como pela não tomada de providências pelo uso da marca Schützenfest por parte da empresa Fábrica do Show Projetos Culturais e Produções Ltda, embora comemorando a absolvição da prefeita junto com outros membros do primeiro e segundo escalão da Prefeitura, segundo testemunhas, chamou para a briga usando o termo “macacada” a família do vereador Francisco. Ele precisou ser contido por colegas.
O mais irônico, lamenta Francisco, que muito se orgulha de ser o primeiro vereador negro da história de Jaraguá do Sul, é que a declaração racista partiu de outro negro, que como ele também foi um dos incentivadores do Movimento da Consciência Negra do Vale do Itapocu (Moconevi), tendo sido homenageado pela Câmara no ano passado por esta atuação.
O BO pelo crime de racismo e agressão verbal foi registrado pelo vereador e seus irmãos, que compareceram na DP acompanhados pelo advogado Airton Sudbrack e pela presidente do Centro de Direitos Humanos (CDH) de Jaraguá do Sul, Sonia Lilia Sudbrack, mais o vereador Justino da Luz (PT) e o presidente do diretório do PT de Jaraguá do Sul, Riolando Petry.
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